Av. São João, 1086 - Conj.608 - Centro
CEP 01036-903 - São Paulo SP
Tel. (11) 2295-9949
ARTIGOS FEPAAE
Que Brasil é esse?
O trabalhador brasileiro já vem há algum tempo vivendo o estresse e a incerteza de conseguir pagar suas contas ou de fazê-lo em detrimento do bem-estar de sua família. E, muitas vezes, se ele provê comida, se paga conta de água e luz, falta remédio, roupa, material escolar, etc.; pois, com a inflação alta e o aumento das tarifas públicas, o salário já não supre nem as principais despesas.
Essa incerteza agora se agrava com o risco de perder o emprego, pois muitas instituições, muitas empresas estão diminuindo os gastos com pessoal, ou estão "quebrando".
O desemprego no Brasil chegou a 8,2% em fevereiro desse ano, conforme dados divulgados pelo IBGE, em 23 de março. Essa é a maior taxa para fevereiro desde 2009, quando atingiu 8,5%.
A pesquisa divulgou que o desemprego em fevereiro desse ano subiu em todas as regiões metropolitanas analisadas, exceto Recife, na comparação ao mês anterior: Salvador: de 11,8% para 12,6%; Recife: de 10,5% para 10,4%; São Paulo: de 8,1% a 9,3%; Belo Horizonte: de 6,9% para 7,2%; Porto Alegre: de 5,9% para 6,4%; Rio de Janeiro: de 5,1% para 5,2%. Na comparação com fevereiro de 2015, o desemprego aumentou em todas as regiões.
Os resultados da pesquisa mostram ainda que o rendimento médio real dos trabalhadores (ajustado pela inflação) teve uma queda de 7,5% em um ano (em comparação com fevereiro de 2015).
O Ministério do Trabalho também divulgou dados, em 22 de março, levando em conta o número de contratações e demissões de pessoas com carteiras assinadas, baseados no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Informou que nos últimos doze meses foi registrada a demissão de 1.706.695 trabalhadores com carteira assinada. E, o total de trabalhadores empregados formalmente no Brasil passou de 41,1 milhões, em fevereiro de
2015, para 39,48 milhões no mesmo mês do corrente ano. De acordo com tais dados foram fechadas 104.582 vagas de trabalho formal.
O noticiário não para de divulgar os novos fatos da Lava Jato, da corrupção que assola o país; não para de divulgar nomes de políticos que antes se presumia representantes do povo, mas, também estão envolvidos num esquema avassalador e corrupto. Isso, sem contar, que o desfecho mais recente no cenário político foi a criação da comissão especial para analisar o impeachment da presidente.
Diante de tamanha crise política, cada dia com novas notícias desastrosas, fica difícil vislumbrar uma saída, em curto prazo, e que não penalize ainda mais o Brasil, não só para solução política, mas também para solução econômica.
Manifestações contra o governo e também a favor têm tomado conta de todo o país.
Na realidade, a população está sofrendo as consequências da turbulência política e econômica que assola o país. E, quem sofre mais é a classe trabalhadora, a classe mais pobre, que depende muito de serviços públicos (saúde, transporte, segurança, escola), mas não vê retorno dos tributos pagos, em melhorias desses serviços. É quem se esforça para "esticar" o salário do mês para honrar compromissos financeiros e, se depara, com frequência com tamanha corrupção.
Que Brasil é esse?
Copyright 2007 - 2020 | FEPAAE - Federação Paulista dos Auxiliares de Administração Escolar. Todos os direitos reservados.