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ARTIGOS FEPAAE

SINDICALISMO PARA QUÊ?

HISTÓRICO:
Nos últimos séculos da Idade Média, algumas categorias de trabalhadores, principalmente os da construção civil, organizaram-se em grupos chamados de corporações. A união fez a força e assim os operários passaram a ser mais respeitados. Isso, porém, não durou muito.
Durante a Revolução Industrial na Europa, em meados do século XIX, os operários chegavam a passar de 12 a 16 horas por dia dentro das fábricas, sendo cruelmente explorados pelos patrões, que ambicionavam cada vez maiores lucros e amealhavam enormes fortunas pessoais. As condições de trabalho eram totalmente insalubres, as doenças profissionais se acumulavam e ninguém tinha direito a nada. Mesmo os gêneros alimentícios de primeira necessidade tinham que ser adquiridos nos depósitos e armazéns do próprio patrão, onde os minguados salários acabavam ficando, para pagamento das dívidas, muitas delas insolváveis, gerando uma condição de escravidão.

PANORAMA ATUAL:
Vivemos hoje numa situação bem mais humana em relação aos tempos retrocitados.
O século XX assistiu ao desabrochar das organizações sindicais no mundo inteiro, conquistando direitos e gerando deveres que hoje são universalmente reconhecidos e preservados. A saúde dos trabalhadores, o número de horas do dia dedicadas ao trabalho, a consagração das remunerações, os salários mínimos, o direito às férias remuneradas e à aposentadoria, o auxílio-doença, o amparo às famílias, aos doentes e aos acidentados passaram a ser bandeiras inquestionáveis nas relações entre o capital e o trabalho.
A legislação que rege o assunto foi sendo desenvolvida aos poucos, até que por fim todas as leis foram agrupadas num só volume, a "Consolidação das Leis de Trabalho," obrigando até à criação de um ramo do Direito, que antes não existia: o "Direito do Trabalho", os tribunais do trabalho e a grande quantidade de advogados trabalhistas.

PERSPECTIVAS:
Pelo menos aqui no Brasil,alguns setores ultrarreacionários, inconformados com as conquistas legítimas dos trabalhadores,manobram em bastidores obscuros, tentando corroer direitos adquiridos após muitas décadas de luta e mesmo ao custo de algumas vidas. Pretende-se uma reforma golpista da CLT, uma rejeição das convenções 151 e 158 da Organização Internacional do Trabalho (O I T), planejam-se fórmulas perversas de cálculo que dificultam e reduzem o valor das aposentadorias e pensões, desonrando o compromisso do governo com as centrais sindicais para garantir aumentos reais nos valores de todas as aposentadorias, e não apenas para os que recebem o irrisório salário-minimo.
Enfim, estão querendo mexer nos direitos do trabalhador, por isso é preciso que todos, unidos, nos empenhemos em defender o que é nosso.

AÇÃO SINDICAL:
Os trabalhadores têm que reunir-se em sindicatos, para que estes, em nome dos seus filiados, possam defendê-los, contra as investidas dos patrões e de alguns setores governamentais.
A propósito, é bom saber que os termos sindicato, sindicalismo e outros da mesma família vocabular provêm de um verbo grego "syndikein", que significa justamente "defender, proteger".
Até o síndico do prédio está lá para defender e proteger os condôminos e seus direitos fundamentais. Poucos são os termos com significação tão adequada em quase todas as línguas do mundo.