ECONOMIA Por EDUARDO GUERINI
Reforma Trabalhista, Precarização e Reinvenção do Movimento Sindical
“Estes tempos são de trágica e quem sabe também saudável crise de certezas. Crise dos que acreditaram em estados que dizem ser de todos e eram de poucos, e terminaram sendo de ninguém; crise dos que acreditaram em fórmulas mágicas da luta armada; crise dos que acreditaram na via eleitoral, através de partidos que passaram a palavra ardente aos discursos de água e sal: partidos que começaram prometendo combater o sistema e terminaram administrando-o.” (Eduardo Galeano. De Pernas pro ar: a escola do mundo ao avesso.p.315)
A coalizão governista de Michel Temer e seus próceres tratam de implementar uma agenda de reformas estruturais que ponta para o aprofundamento do ideário descrito no chamado “Consenso de Washington”, cujos pilares são: desestatização ou redução do tamanho do Estado (privatização), abertura econômica e flexibilização das relações entre capital e trabalho. O contexto econômico de prolongada recessão, a potencialização do descrédito nas instituições provocado pela operação Lava Jato, a desesperança nas agremiações partidárias, a ineficácia da política ortodoxa monetarista encadeada no fiscalismo fatalista impuseram uma versão única como tentativa salvacionista para romper com a paralisia política, a incerteza econômica e dar garantias jurídicas para uma nova etapa de crescimento para sociedade brasileira, rompendo com antigas e tradicionais estruturas , colocando em marcha forçada , ainda que sob tensão sociopolítica crescente, as relações entre capital e trabalho, com a imposição de uma reforma trabalhista tendente a desmantelar o antigo pacto de solidariedade das sociedades brasileira. O desmantelamento do sistema de seguridade social e o modelo de assalariamento no caso brasileiro se adequa passivamente aos ditames do padrão globalizado, arrastando as organizações sindicais para uma crise de representação sem precedentes. O resultado é um porvir social de regressão na debilitada cidadania brasileira, fruto da precarização das relações laborais e pauperização crescente dos trabalhadores em geral, evidenciando a necessidade de adequação das estratégias políticas do movimento sindical no Brasil…
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